Talvez os dias sejam novelos grandes
Demais para fazer-te uma camisola
Como te prometi.
Grandes demais para trocar no bar
Da esquina.
Novelos e novelos que não posso desfazer.
Deixo a tua camisola para trás
Atrasada no tempo
Encerrada numa caixa bonita vermelha
Com flores verdes
Donde saltal cinturões que te amarram
E vejo-te aí.
Pegado áquela cama de ferros
Esperando a camisola macia e suave
Chorando e gritando
Desatem-me ou me morro de invisibilidade
De frio
De estátua
Da tristeza da memória da lucidez
Da força que tenho para te insultar.
Deixa que chova sobre mim e que
Me encharque em lágrimas.
Que encham a caixinha vermelha
Com o sangue dos meus olhos.
E que me cubram de novelos e novelos.
Text by p.
domingo, 3 de maio de 2009
Publicada por p. à(s) 12:37
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário